Conheçam a Saga Vale dos Elfos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Mal do século.




O mal do século é a solidão,
Como já disse o grande poeta
De voz potente
De nossa grande
E urbana legião.

Cada qual nesse mundo
De gigantesca população,
Pensa individualmente
E tem esperanças egoístas
De realização.

O livro agora
É meu amigo,
Minha companhia,
Meu único irmão.

Tenho vários amigos
Na prateleira, na estante,
Mas todos eles são de papel
E mesmo carregados
Dos mais utópicos sonhos,
Esses ainda sim
Não possuem um peito
Onde bata um coração.

Esse século,
Pela solidão,
Foi tomado.
Cada indivíduo
Vive sozinho
E isolado.

Cada um
Com os seus sonhos
Individuais,
Que do resto do mundo
Anda apartado.

Esqueceram a frase de Lênin
Que dizia que sonhando sozinho
Nenhum sonho seria realizado.

Os homens desse século
Tornaram-se
Vazios e desumanos.

Trabalhamos
Como máquinas.
Vivemos pelo dinheiro.
Vivendo sozinhos
Em nossas casas
Trabalhamos assim por anos.
Até o dia em que
Nos aposentamos,
Em que vamos passar
O resto dos dias inúteis
De invalidez produtiva
Na solidão de um asilo
A qual, na tristeza
E falta de companhia
Nos perguntamos:
“Por que tanto trabalho,
E por que não mais amamos?”.

Quando chegamos em casa
Na mesa não mais jantamos.

Cada um de nós,
Como bichos acuados,
Comemos em nossos cantos,
Para não termos o desprazer
De ver aqueles
Com quem moramos.

A solidão é o mal desse século,
Pois mesmo no meio
De multidões
Ainda assim,
Sempre sozinhos estamos.

E a cada dia mais,
Mais egoístas,
Individualistas e solitários,
Nos tornamos.

Átila Siqueira.


"Aproveito essa postagem, para indicar para todos os amigos o livro a qual minha amiga Laísa Pinheiro Couto está participando, chamado Poesistas. Procurem, pois o trabalho dela é muito bom, ou entrem em contato comigo pelo meu e-mail que eu encaminho para ela: atilasiqueira1@yahoo.com.br".




sábado, 10 de outubro de 2009

Késia Maximiano.


Japonês em Bráile
É a vossa língua,
Mas creio mesmo
É que a vossa verdadeira língua
Seja a sensibilidade.

Pois a vossa escrita
É sempre assim,
Forte e sensível,
E cheia de verdade.

É música para se ler,
Para se deliciar,
Em meio a sonhos,
A um romantismo
Que jamais deve morrer
E deixar de habitar
Nossa existência
Com a sua expressividade
E sinceridade.

E é desse tipo de coisa,
Dessa característica tão sublime
Que minha amiga Késia
Tem ao escrever,
Que eu tenho mais saudade.

Tenho saudade de flutuar
Em seus textos,
Me sentindo como
Na Valsa de Camille Claudel.

Tenho saudades de me deliciar
Com suas palavras tão bem trabalhadas
Que me fazem me sentir no céu.

E digo, não somente como amigo,
Mas como crítico e fã,
Que o que ela escreve
É maravilhoso.

E seus escritos
São de uma qualidade
E sensibilidade
Que não deixam nada a desejar
Frente a um escritor
Já consagrado e virtuoso.

E o que eu acho mais esplêndido
É que a escrita de Késia
Não perde a sua própria essência,
Parece ter já desenvolvido
Uma sólida e própria linguagem.

E quando eu a leio
Transporto-me para o seu mundo,
Sinto os seus sentimentos,
Os seus anseios,
E tudo passa em minha mente
Como um filme,
Como uma miragem.

Sua escrita me lembra Cecília Meireles,
E, ao mesmo tempo
Ernest Hemingway,
Com toda a sua expressão e maturidade.

Ler-te, minha querida,
É algo avassalador,
Extremamente humanizante,
E que só me enche de alegria
E me traz felicidade.

E eu vos digo que fico honrado
A cada vez que tenho o prazer
De ler-te
E de apreciar a sua arte.

Pois a escrita,
Sem sombra de dúvidas
É uma arte,
E você, minha cara Késia,
É uma artista de mão cheia,
Que com sua escrita
Enraíza em nossos corações
Toda a essência e a expressividade
Dessa sua forma de ver o mundo
Tão cheia de humanidade.

Átila Siqueira.

"Esse foi um poema que fiz em homenagem a minha querida amiga Késia Maximiano, dona de um excelente blog de literatura, em que ela mostra o seu jeito original e talentoso de escrever. Então resolvi prestar essa homenagem a ela, e espero que ela goste. Um poema simples, mas feito de coração: Visitem, o blog dela se chama Japonês em Bráile.

Aproveito a oportunidade e continuo deixando o meu e-mail para quem desejar um exemplar de meu livro com uma dedicatória: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Cavaleiro sem Estandarte.


Acabou o meu reino.
Acabou tudo.
Pilharam-me a vida,
Sem piedade.
Fiquei só
Em meu Castelo.
Levaram meus sonhos.
Levaram meu estandarte.

Levaram tudo
Que construí.
Levaram os sonhos
Que quis ter.
Deixaram-me só
Em terras longínquas.
Despojaram
Minha razão de viver.

Pedi aos Deuses,
Por piedade:
Que devolvessem
Meu estandarte.
Que devolvessem
Minha amada,
Ou então
Que eu viesse a morrer.

Vagando sozinho eu estou.
Esquecido pelos Deuses
E pelo mundo.
Esquecido
Pelo meu grande amor.
Vivendo sozinho e mudo.

Vagando sozinho
Por esse mundo,
Sem amigos
E sem estandarte.
Acompanhado
Pelo nimbo mais escuro.
Acompanhado pela saudade.

Vivendo do passado
Antigo e belo,
Onde a vida era esplendor.
E eu tinha a meu lado
Meu estandarte,
Que perdi
Ao perder meu grande amor.



Átila Siqueira.




"Aproveito a oportunidade dessa postagem para indicar o blog pássaro negro no sereno, do amigo Kizzy Ysatis, autor do livro Diário da Sibila Rubra, dentre outros.


Deixo também o meu endereço de e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br para quem se interessar em ter um exemplar do meu livro com dedicatória".

sábado, 8 de agosto de 2009

Selo.


Ganhei um selo do blog de minha querida amiga Celly Borges, chamado: Mundo de Fantas.
1. Exibir a imagem do selo "Vale a pena acompanhar esse blog!" que você acabou de ganhar, com o link do Blog de quem indicou e um link do criador do Meme.


2. Escrever as regras em seu blog.


3. Indique no Mínimo 5 blogs e coloque os links de seus indicados no final do post.(O limite máximo de indicações de blogs cada um determina conforme achar conveniente)


4. Avisar a pessoa que você a indicou, deixando um comentário para ela.


5. Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
6. Responder as perguntas abaixo:


1) Por que resolveu criar o blog?


Eu resolvi criar o blog para mostrar o meu trabalho literário e poder através desse, interagir com outros escritores dos mais diversos estilos e gêneros literários.


2)O que te dá mais prazer em blogar?


O que mais me dá prazer em blogar é saber a opinião e ver a crítica das pessoas com relação ao que eu escrevo, bem como, poder conhecer o que está sendo produzido por outros autores.


3)Qual o assunto que você mais gosta de postar?


O que eu mais gosto de postar é poesia, embora eu também escreva outras coisas.


4)Por que escolheu esse nome para o blog?


Escolhi esse nome porque tem muito a ver com o que eu geralmente escrevo, que é literatura fantástica. Ai uma pessoa me sugeriu o nome, eu gostei e adotei.


5)você costuma visitar outros blogs?


Sim, sempre costumo visitar outros blogs, e adoro visitar blogs e encontrar belos textos.


Lembrando que o objetivo deste selo além de mostrar reconhecimento aos valores dos blogueiros, que a cada dia demonstram empenho por transmitir valores sejam eles,culturais, sociais, éticos, pessoais ,literários ,entre tantos outros valores que cada um possui.É também uma forma de interação entre nós, blogueiros!


Segue abaixo a lista dos blogs aos quais eu repassarei o meme:









Átila Siqueira.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Perdido por Terras Ermas.


Perdido por terras ermas
Ando sozinho
Procurando me encontrar.

Perdido
Em um descampado escuro
Procuro lugar seguro
Para poder acampar.

Depois de perder tudo
Saí em busca de aventuras.
Fui embora tentando
De minha dor me libertar.

Andei por terras longínquas
Procurando um novo lar.
Encontrei novas terras,
Reis, histórias,
E diversas batalhas
Para lutar.

Encontrei terras
De belos estandartes,
Mas nessas terras
Não pude me fixar,
Pois meu coração
Dizia-me, que com meu amor,
É que devo
Reconstruir o meu lar.

Obedeci meu coração,
Deixei de lado a razão
E corri como um tresloucado,
Para meu amor reconquistar.

Era tarde!
Perdi-me de meu caminho.
Vaguei por terras ermas
Sem minha amada reencontrar.

Vivendo em grande saudade,
A vida tornou-se um suplício,
Um martírio.
E então acabaste
Sem que eu
Reencontra-se o meu lar.

Átila Siqueira.

"Aproveito a oportunidade dessa postagem para indicar um blog de um grande amigo meu, o Matheus, que agora está com um excelente espaço literário, onde ele vem divulgando parte de seu trabalho. Vale a pena conferir: Link. Sei que esse não é um dos meus melhores poemas, até porque, não tenho colocado aqui os melhores, mas espero que todos gostem da leitura.


Deixo disponível também o meu e-mail para quem desejar comprar um exemplar do meu livro com dedicatória: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

sábado, 11 de julho de 2009

Súplica a Odin.


Odin,
Deus da morte,
Líder dos Deuses,
Deus da Guerra,
E Deus da magia.
Que trocaste um olho,
Por sabedoria.

Permitas,
Que eu lute a teu lado
No Ragnarok,
Naqueles que serão
Os últimos dias.

Dê-me a honra
Da morte em batalha,
Pois vivi
Minha vida com honra,
E agora não tenho mais nada.

Perdi meu tesouro
E vivo em ruína.
Restou-me a morte
Ou uma vida indigna.

Não posso pedir-lhe
Que me devolvas
Minha amada.
Mas posso pedir-lhe
Um dia de guerra
E uma morte honrada.

Dê-me a glória
De morrer
Por um nobre ideal,
E com espada e escudo
Nas mãos
Lutando contra o mal.

Que a vida
Se acabe nesse instante,
Que a tristeza
Não mais
Habite meu pobre semblante.

Que eu tenha descanso,
E vida honrada,
Em Valhalla.

E que por nem mais
Um instante
Eu pense com tristeza
Em minha eterna amada.


Átila Siqueira.


"Hoje coloco esse poema aqui, creio também que não seja um dos meus melhores, mas acho que vale a pena ler assim mesmo, e eu não o queria deixar na gaveta para sempre.

Aproveito a oportunidade para continuar a oferecer o meu livro para quem desejar adquirir um exemplar com dedicatória. Basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br

Quero também indicar um espaço literário que considero muito bom, chamado clã dos imortais, e deixo o endereço de minha página lá. Link".

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Guerreiro Derrotado 2.


Hoje poderoso e forte
Eu voltei a ser.
Não tão forte
Quanto antes.
E nem tão destemido
E corajoso.

Mas aos poucos
Eu vou me recuperando.
As feridas vão
Cicatrizando-se,
E a força aos poucos
Ao corpo vai voltando.

A vida aos poucos
Começa a voltar.
E o corpo vai
Acostumando-se
A viver em dor.
E a alma vai
Conformando-se
A viver sem o amor.

Longe de mim, poder voltar
A me comparar
Com um Deus do Olímpo.
Nem tão pouco
Com um grande guerreiro
Como Aquiles, filho de Peleu.
Mas com as forças
Que recuperei
Já sou capaz
De voltar a lutar.

Lutar pelo que eu quero.
Lutar para reconquistar
A minha amada.
Lutar para que ela
Volte a me amar.
Ou então viver
Por toda a vida
A lhe esperar.

Assim é a vida
De um Guerreiro Derrotado,
Que da vida
Nada mais
Pode esperar.


Átila Siqueira.


"Esse não é um dos meus melhores poemas, na verdade, considero um dos piores, mesmo assim, resolvi postá-lo aqui, já que postei o seu antecessor.

Aproveito a oportunidade para divulgar um espaço literário muito interessante, chamado Literatura em foco, que abre espaço para diversos autores. Vale a pena conferir.

E continuo a oferecer o meu livro o meu livro, Vale dos Elfos 1, para quem desejar um exemplar com dedicatória. Basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Em memória de Michael Jackson.




Um homem louco,
Mas de uma loucura
Extremamente brilhante.

Revolucionava
Tudo a sua volta,
E buscava sempre
Criar coisas novas
A todo instante.

E não importa o quanto
Se era possível criticá-lo
Por seu jeito extravagante.

Ele foi aquele
Que mudou de cor,
Que levou os negros
Para a tv,
E depois acabou
Ficando branco.

Ele foi aquele acusado
De abusar de crianças,
E foi também aquele
Que balançou
O próprio filho
Na varanda de um prédio
Gerando críticas
Por essas extravagâncias.

E tudo o que ele fazia
Era motivo de polêmica,
Mas a verdade
É que ele sempre foi
Um grande artista
Desde sua infância.

E assim era Michael,
O garoto prodígio
Que encantou todo o mundo
Com a sua voz
E a sua dança.

Michael era o homem
Que era capaz de perder
Sua fortuna,
Sem perder a esperança.

De nos marcar profundamente,
De marcar uma época,
Uma geração,
Várias gerações,
E de ir embora
Nos deixando querendo mais
Em meio a boas lembranças.

Um dos maiores
Artistas do século XX
Que o mundo agora
Terá de aprender
A sem ele ficar.

E sua genialidade
É digna de aplausos,
De reverências,
E talvez sejam essas
As melhores formas
De o reverenciar.

Tantos anos
Dedicados à arte,
E tantas músicas lindas
Que não nos cansa
De emocionar.

E o mais impressionante
É que pouco antes
De sua morte,
Uma hora antes,
Eu o estava a escutar.

Escutava uma das músicas
De sua infância
“Music and me”
A qual sempre escuto
E fico a apreciar.

Todos sentirão saudades
Das loucuras,
De seu talento,
De suas excentricidades,
Tão típicas dos grandes artistas
Que parecem vir ao mundo
Para nos impressionar.

E eu queria saber
Escrever melhores versos,
Para um astro como ele,
De quem há muito sou fã
Poder me despedir
E poder homenagear.


Átila Siqueira.

"Deixo aqui os meus pesares pela morte de Michael Jackson, um artista a qual eu gostava muito.

Aproveito também, para indicar novamente o blog da minha amiga Ana, que está postando o seu novo livro: A Herdeira, ao público.

E para os interessados em comprarem o meu livro, Vale dos Elfos 1, com dedicatória, deixo o meu e-mail de contato: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

domingo, 14 de junho de 2009

O Guerreiro Derrotado.


Ao teu lado eu era
O homem mais rico e poderoso
Que na terra pisou.
Eu era um Deus do Olímpo
Eu era o próprio Zeus,
O Deus supremo
De todos os homens,
E de todos os Deuses.

Ao teu lado eu era invencível,
Nenhum inimigo
Fazia frente a mim.
A minha espada
Tinha um poder implacável,
E eu vencia meus inimigos
Apenas com meu olhar.

Nenhum homem da terra
Ousava me enfrentar,
Pois destemido ao extremo eu era.
E eu sempre vencia o combate,
Pois só vencendo eu voltaria
Vivo para o meu amor.

Ao teu lado
Minha força elevava-se a dez,
E minha coragem elevava-se a mil.
E o medo não habitava meu coração.
O meu único medo era perdê-la,
E esse infelizmente concretizou-se.

Hoje, após sofrer o infortúnio
De perder minha amada,
Tornei-me o homem mais pobre
E sem poder do mundo.
Longe de mim
Nesses dias de desventura
Comparar-me com qualquer
Deus do Olímpo,
Pois hoje eu tornei-me
O mais pobre dos mendigos.

Nos dias de hoje
Qualquer inimigo me vence
Com grande facilidade.
A minha espada
Perdeu o vigor,
Está enferrujada
Pela falta de polimento
E pela falta de batalhas.
Minha espada não é mais
Capaz de vencer
Nem o mais fraco dos inimigos.
E o meu olhar, hoje,
Não mais intimida,
E muito menos
Vence o combate,
Mas sim, causa pena.

Hoje, destemido eu não sou,
E eu não venço
Mais os combates,
Pois hoje, voltar vivo
Já não mais me interessa,
Pois meu único interesse
Era voltar para o meu amor.

Hoje a minha força
É insignificante, medíocre,
E a coragem não mais
Habita meu coração,
Nem o medo,
Pois o único medo
Que nele habitava
Hoje se concretizou.
Esse era o medo
De perder o meu amor.


Átila Siqueira.


"Hoje eu coloco esse poema aqui como um retorno ao meu blog, que ficou parado por algum tempo. Ele pertence a um grupo de poemas bem antigos que eu escrevi, e que hoje eu estou reunindo em um livro que provavelmente vai se chamar: Poemas românticos de Cavalaria. Mas sei que esse não é um dos meus melhores poemas.


Aproveito a oportunidade para continuar a oferecer o meu livro, Vale dos Elfos 1, vol 1, com desconto e com dedicatória. Basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br. E também, gostaria de divulgar o blog de uma querida amiga minha, a Ana, que está postando o seu novo livro, A Herdeira, nesse blog: http://serieaherdeira.blogspot.com/"

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Anseio.

Quem sou eu, neste ergástulo das vidas
Danadamente, a soluçar de dor?!
- Trinta trilhões de células vencidas,
Nutrindo uma efeméride interior.

Branda, entanto, a afagar tantas feridas,
A áurea mão taumatúrgica do Amor
Traça, nas minhas formas carcomidas,
A estrutura de um mundo superior!

Alta noite, esse mundo incoerente
Essa elementaríssima semente
Do que hei de ser, tenta transpor o Ideal...

Grita em meu grito, alarga-se em meu hausto,
E, ai! como eu sinto no esqueleto exausto
Não poder dar-lhe vida material!

Augusto dos Anjos.

"Hoje resolvi colocar esse poema do Augusto dos Anjos, já que estou relendo sua obra. E como trata-se de um dos meus poetas preferidos, decidi compartilhar um pouco dessa arte com vocês.
Também quero me desculpar com alguns amigos blogueiros por minha ausência prolongada em visitar seus blogs, mas é que ando por demais ocupado.
E por último, continuo oferencendo o meu livro, Vale dos Elfos, com dedicatória, através de meu e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br."

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Noite de Chuva.


A noite está fria
E o vento gelado.
A chuva corta o ar
Como ímpias facas.
E eu nem me dou
Ao trabalho
De procurar abrigo
Ou agasalho.

Peço a Zeus
Que me agracie
Com um raio.
Que seja esse
Um golpe fatal
Sem piedade.

Um forte,
Grande,
E estrondoso
Disparo.

Que a paz eterna
Se aproxime rápido.
Que a morte
Se apoderes de meu
Corpo molhado.
E que eu deixe
De sofrer
Como um desgraçado.

A chuva bate
Em meu rosto.
O vento me carrega
E a saudade me corrói
E me mata.

Lembro-me,
De minha amada,
De como éramos felizes,
Mas logo recobro a memória,
E me revejo em desgraça.

Sento-me no chão frio,
E minhas tristes lágrimas
Misturam-se a chuva gelada.

Souto o primeiro
De muitos espirros,
E espero
Que a doença venha
E me liberte dessa vida
De saudades.


Átila Siqueira.


"Aproveito essa postagem para continuar oferecendo o meu livro, Vale dos Elfos, para quem desejar obter um exemplar com desconto e com dedicatória. É só entrar no e-mail e me informar do interesse: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Barack Obama e Cuba.


Nos últimos dias um fato inusitado ocorreu na política internacional, e tomou boa parte dos noticiários de todo o mundo. Trata-se da abertura do Governo estadunidense para que os cubanos que vivem nos Estados Unidos possam enviar dinheiro e viajar livremente para Cuba.


E toda a imprensa e os jornalistas formadores de opiniões ficaram alvoroçados com essa notícia, tratando tudo com alarde e euforia. Muitos já foram logo dizendo que isso levaria ao fim do Socialismo em Cuba, usando o exemplo, muito a grosso modo, (como é de praxe de uma grande parte dos jornalistas brasileiros, que querem emitir opiniões e fazer análises sem lerem nada sobre o tema) do que ocorreu na Alemanha Oriental, no período da Guerra Fria, sem levaram em consideração que se tratava de outro momento histórico.


O argumento mais interessante de alguns foi o de que essa abertura mostraria o quanto a Democracia é melhor que a Ditadura do proletariado, e que a comparação iria destruir o Socialismo Cubano, fazendo o povo optar pelo Governo Democrático liberal. Ou seja, pensa-se que o Governo de Cuba não é legitimo, que o povo é totalmente manipulado e estúpido, como se os indivíduos fossem estáticos e não fossem agentes de sua própria história, bem como da formação de sua própria sociedade, em constante diálogo como o pode estatal.


Dessa forma, pode-se dizer que alguns jornalistas pensam assim, dessa maneira já ultrapassada, ou que eles querem que as pessoas pensem assim, o que é pior. Outra idéia implícita que é pregada é a de que o povo cubano não tem informação, e que eles são apenas manipulados pelos jornais governamentais, que passam a notícia pela visão do governo. Mas esse tipo de análise deixa de levar duas coisas muito importantes em consideração:


A primeira delas é que a população da Ilha é altamente instruída, com um nível escolar superior aos de muitos países considerados de primeiro mundo, e, por isso, provavelmente não se é tão fácil assim manipulá-los. A segunda coisa é que imparcialidade não existe, e se os jornais cubanos defendem uma visão de mundo ideologicamente criada pelo Governo, os jornais de outros lugares fazem o mesmo, bem como os governos, as leis e os Estados, que ao contrário do que se pensa, defendem interesses de determinados grupos, em detrimento a outros.


Um exemplo disso é que os jornalistas de países capitalistas, a todo instante pregam a Democracia como um conceito universal, que deveria ser adotado por todos, e que possui virtudes inquestionáveis como a “melhor” forma de governo. E se isso não é uma visão parcial, pautada pela ideologia de um determinado grupo e por um governo, o conceito de parcialidade deve então ter mudado sem prévio aviso. E o mesmo se dá quando se enfatiza os “defeitos” de Cuba, ou dos países inimigos dos Estados Unidos, como a Coréia do Norte e alguns países islâmicos, sem se quer mostrar a visão de mundo a qual eles possuem.


Pois bem, frente a tudo isso, seria interessante fazer uma análise da nova atitude de Barack Obama e do governo estadunidense com relação a Cuba. E a primeira pergunta que se pode fazer é, trata-se de uma política mais humana e de boa vizinhança?


Provavelmente não! O mais provável é que se trate da continuidade da velha política expansionista estadunidense, e com um estilo genuinamente Democrata, o do Imperialismo. Se fosse ao contrário, talvez o embargo econômico também tivesse acabado, o que ainda sim não seria prova de nada.


Entende-se por imperialismo a colonização indireta de um território, através de medidas econômicas e político-ideológicas. Historicamente o partido Democrata o usa e o defende nos Estados Unidos, ao contrário dos Republicanos, que se utilizam do Neo-colonialismo, sendo esse a intervenção direta no território que se almeja subjugar.


Ou seja, ao que tudo indica, houve apenas uma mudança de estratégia. Os Estados Unidos estavam com a imagem suja pelas ações de Bush, e precisavam colocar alguém no poder que conseguisse ao mesmo tempo, disfarçar sua política expansionista e continuar a colocá-la em prática.


E sem força para enfrentar os árabes, pois o Iraque e o Afeganistão se tornaram dois novos “Vietnãs”, e os Iranianos se mostram fortes demais, eles tiveram de tentar expandir sobre outra frente, tentando dominar um de seus opositores mais aguerridos, Fidel Castro. Porém, como não era possível abrir mais uma frente de combate ali, mais uma vez a política estadunidense partiu para medidas econômicas para coagi-los.


Trata-se da mesma idéia de sempre, de impor a democracia, mesmo que seja na “porrada”, tal como tentaram com os árabes e fracassaram. Entretanto, dessa vez, a tentativa é de se fazer tudo às escondidas. O jogo dos Democratas é visto por poucos, e se pauta em um equilíbrio delicado entre a legitimidade de uma imposição político-ideológica, a de uma simpatia do líder político, e de sua práxis moderada, mas com efeitos a longo e a médio prazo, dentro da idéia expansionista dos Estados Unidos, de levar o capitalismo Neo-liberal sob o seu domínio a todos os povos do mundo.


Assim, pode-se inferir que a mudança de postura de Barack Obama quanto a Cuba, não se trata de um revisionismo da política internacional dos governos anteriores com relação à Ilha. Mas sim, é a continuidade do desejo de retirar a sua autonomia e de submetê-la, mas dessa vez, se utilizando de uma estratégia imperialista e fetichista, tentando fazer com que o povo do pequeno país Socialista se esqueça de suas conquistas sociais e se deslumbre com os avanços técnicos do mundo consumista criado pelo Capitalismo, tentando assim, deslegitimar o poder de Fidel Castro e de seu irmão, para enfraquecer a unidade política de Cuba e deixa-la suscetível a dominação.


Átila Siqueira.


"Bom, esse foi um texto que eu não pude deixar de produzir, ao ver tudo o que vem acontecendo na política internacional. Faço uma ressalva com relação a minha crítica a imprensa, pois nem todos os jornalistas agem da maneira que eu citei a cima. Há aqueles que possuem um trabalho sério e respeitável.


Aproveito também para continuar a oferecer o meu livro com dedicatória, a todos os amigos que aqui me visitam. Basta entrar em contato comigo pelo meu e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br.


Além disso, quero indicar um blog muito bom, que possui excelentes contos de terror, chamado Cova Abismal de Contos Sombrios".

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Carol Lira e Jaya.


Carol Lira,
Lira dourada,
Poetisa que nasceu
Em Passagarda.

Suas palavras são tão lindas
E bem postas
Que mais parecem
As notas de uma harpa.

Me encantou com o seu jeito
De escrever,
E não consigo encontrar
Em tua escrita
Qualquer falha.

E foi lindo te conhecer
Pela união perfeita
Que fizeste com aquela escritora
Que dispensa apresentações,
E que se chama Jaya.

E eu jamais consegui parar
De visitar o”Deixa eu brincar
De ser feliz”,
Ou qualquer outro lugar
Em que os textos dela saiam.

Jaya é uma escritora que faz verso
Em forma de prosa.
Faz-nos flutuar em nossas cadeiras
Usando palavras doces
E descrições generosas.

E quando ela escreve pode-se sentir
A brisa no rosto,
O doce caseiro derretendo na boca,
Ou qualquer outra coisa
Que ela descreva
Toma vida própria
E nos encanta.

E a união perfeita foi formada.
Duas escritoras que escrevem
Versos em prosa
De uma maneira que por mim
É muito admirada.

E uma união assim tão harmoniosa
Por mim ainda
Não havia sido pensada.

Duas escritoras tão talentosas,
E agora juntas, escrevendo
As coisas mais belas
De serem imaginadas.

São sonhos escritos em palavras,
É a poesia mais natural
E mais bem versada.

E espero ver essa união
Muitas outras vezes,
Entre minhas queridas amigas,
Carol Lira e Jaya.

Que por essas duas exímias escritoras
Muitas poesias,
Além dessa, sejam declamadas.

Átila Siqueira.


"Hoje eu trago esse poema para homenagear duas exímias escritoras, Carol Lira e Jaya. Trata-se das duas artistas das palavras que possuem um talento invejável. Eu aconselho a todos a conhecerem o trabalho das duas, e garanto que ninguém se arrependerá, pois elas escrevem de tal forma que encanta a todos que as lêem.


Aproveito também a oportunidade para continuar vendendo o meu livro a todos que se interessarem em adquiri-lo com dedicatória. Basta me mandarem um e-mail no endereço: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

sábado, 4 de abril de 2009

Barack Obama: um Bush disfarçado.


Frente a todo o otimismo com a eleição do novo presidente estadunidense, é notável explanar algumas coisas acerca desse fato tão inusitado para a história desse país, e também, para a história do mundo. E em primeiro lugar, é importante dizer que realmente tratou-se de um acontecimento ligado a uma grande mudança de paradigma, já que poucos pensavam até pouco tempo atrás na possibilidade de um presidente negro na Casa Branca.

Um país com uma forte diferenciação racial, como os Estados Unidos, aparentemente, teria pouco espaço para a eleição de um presidente negro, uma vez que todos já bem sabem que a política ali é hegemonicamente voltada para as elites brancas, em detrimento aos negros, que são confinados em locais específicos, e com os direitos cerceados por políticas de distinção, principalmente, através de diferenças em investimentos nas áreas públicas dos bairros, que geralmente são distintos, uns voltados para a habitação dos brancos, e outros, os mais pobres, para a moradia dos negros. Entretanto, o que muitos julgavam inesperado, acabou por acontecer, e um homem negro se tornou presidente dos Estados Unidos.


E talvez, algumas deduções a esse respeito tenham surgido quase por simbiose, ao invés de terem sido ponderadas através de argumentos que as sustentassem. A primeira dessas inferências estaria ligada a idéia de que por ser negro, Barack Obama seria um presidente que se importaria com as causas sociais, com os pobres no mundo, e que daria fim a política Neo-colonialista do governo anterior. Parecia até um conto de fadas, de tanta esperança disseminada pela imprensa marrom, que como bem se sabe, apóia a política estadunidense. Pois bem, mas nada em seu discurso dizia isso, e o simples fato dele ter vindo de uma origem considerada como injustiçada, não garante que ele tenha qualquer compromisso com esses ou outros grupos que se vêem esmagados pelas políticas dos Estados Unidos.


Assim, muitos caíram no conto do vigário, ou melhor, no conto do Obaminha. E a bem da verdade, ao que parece, ele só ganhou a eleição por reforçar muitos dos valores do governo anterior, e por assumir uma postura conservadora diante da religião e da política, dentre outros assuntos. E a questão volta, ser negro não quer dizer ser de esquerda, nem ser revolucionário, nem ser contra as injustiças. Será que não há nenhum negro no mundo, ou nos Estados Unidos, que seja um conservador? Ao que parece, há sim, e Barack Obama parece ser um deles, muito embora, se mostre menos metódico que seu antecessor, George W.Bush.


E talvez muito da visão de um Obama libertário esteja em se fazer um paralelo entre ele e Bush, que é tão conservador, que provavelmente assustaria até Adolf Hitler, daí, a imagem de Obama como não conservador, sendo colocado ao lado do seu antecessor. Dessa forma, o mundo parece ter acreditado cegamente na construção discursiva mais mal contada de todas, a de que alguém contra os valores da sociedade estadunidense estaria sendo eleito para governa-la, quando na verdade, o que foi eleito, ao que parece, foi uma versão mais moderada de seus ditadores da Democracia. Aparentemente, usaram o estereótipo do negro, para parecer que seria a eleição de alguém que modificaria tudo, que acabaria com as injustiças do governo chauvinista de Geoge W.Bush.


Mas na verdade, o que se vê, é que Obama corrobora todos os valores da sociedade estadunidense, e com exceção de algumas poucas coisas, nada mudou. E as mudanças que ocorreram, foram apenas fruto de uma visão política menos exacerbada, frente ao grupo de George W.Bush. Ou seja, foi apenas uma mudança conjuntural, e não uma revolução, como muitos começaram a pregar por ai. O mundo não mudou com isso, as estruturas ainda são as mesmas. Foi apenas uma maquiagem, e das bem finas, para tampar algumas mazelas que causavam uma grande impopularidade aos Estados Unidos. E parece que deu certo, pois muitos que queimavam a bandeira estadunidense, junto à foto de Bush, agora a adoram junto ao retrato de Obama, sendo que um parece não passar de uma continuação disfarçada do outro.


Pessoalmente, eu não acreditei nem por um segundo em Barack Obama, e me orgulho disso. E eu já vinha pensando em fazer esse texto há algum tempo, mas quis esperar o momento certo, para ter um exemplo concreto, e agora eu o tenho. Vejam só o que está acontecendo no Afeganistão, a continuidade da guerra contra os muçulmanos, sob o pretexto de que seus grupos guerrilheiros são “terroristas”. Assim, continua-se a cruzada pelo petróleo alheio, e pelo controle do mundo, atacando aqueles que não se submetem a política Neo-liberal. E Obama agora vai mandar mais soldados, e pede o mesmo aos aliados dos Estados Unidos que corroboram essa desumanidade.
A todos que apoiaram Barack Obama, enganados ou não, acredito que o povo afegão agora agradece a vocês.

Átila Siqueira.


"Aproveito a postagem para me desculpar com meus amigos blogueiros pela minha ausência, mas é que meu computador havia queimado, e eu estava sem internet.
Aproveito também para continuar a oferecer o meu livro a todos que desejarem adquirir um exemplar com dedicatória. É só entrar em contato comigo pelo e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

sábado, 21 de março de 2009

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA


I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

Autor: (Miguezim de Princesa).

"Esse texto veio do blog Garotas Desprogramadas, que eu aproveito para indicar. Achei o poema muito bom, um dos melhores que já vi, para falar a verdade, com uma crítica social extremamente legítima.

Aproveito a postagem para oferecer o meu livro, a quem desejar adquiri-lo comigo, com dedicatória. Basta me mandar um e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br".

sábado, 14 de março de 2009

A vida sem o amor.


A vida sem o amor
É como a noite sem estrelas.
É como a onda sem o mar.
É como uma história sem um fim.
É como uma ave sem voar.
Assim é a vida sem amar.

O amor faz a vida ter sentido.
Faz agente delirar.
Nos da força para a vida,
E coragem para lutar.

O amor é algo que nos dá medo.
É a força que nos rege
Para o bem e para o mal.
É o sopro da vida.
É pura emoção.
É calor, vida, esperança, coragem,
Tristeza, alegria, desilusão,
E tudo mais que se possa
Viver e sonhar.

Mas mesmo assim,
Não posso descrever
Como dói amar.


Átila Siqueira.


"Aproveito a oportunidade dessa repostagem, para oferecer aos visitantes desse blog o meu livro Vale dos Elfos, que pode ser adquirido comigo, ou nos locais de venda indicados. E quem desejar adquirir diretamente comigo, é só entrar em contato pelo e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br. Mando o livro com dedicatória e tudo. rs


Quero aproveitar também para falar do blog do meu livro, criado pela minha editora. Convido todos a visitarem, pois lá eu postarei qualquer novidade sobre os próximos volumes: Vale dos Elfos.
E por último, peço desculpas aos amigos blogueiros pela minha falta de tempo para visitar a todos".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Vida Boêmia


Sou boêmio
Por viver entre os artistas.
Sou boêmio
Por esquecer a razão
E deixar o coração me guiar.
Sou boêmio
Por viver só de amor.
Sou boêmio
Por viver só para amar.

Sou boêmio
Por ser um grande sonhador,
E viver em um mundo
De ilusão.
Onde a vida é prazerosa
E tem mais cor.
Onde a vida
E a arte tem mais valor.
Onde a vida é como
Um passaro livre a voar.

Sou boêmio
Por minha própria natureza,
Pois o mundo deve ser
Um lugar só de beleza,
Onde há vida é arte,
Até nos dias de tristeza.

Sou boêmio
Por viver durante a noite
E dormir durante o dia.
Por amar a arte
E odiar o mal.

Sou boêmio
Por contemplar
O luar e as estrelas
E nunca olhar o sol.

Átila Siqueira.

"Amigos, hoje estou colocando esse poema aqui, mas eu não julgo que ele seja um dos meus melhores, até pelo contrário. Mas em fim, aproveito essa postagem para me desculpar pela ausência no blog de muitos de vocês. Me justifico dizendo que estou super atarefado, com a faculdade e com outras coisas mais.

Aproveito também para novamente deixar em aberto a venda do meu livro, Vale dos Elfos 1, para quem desejar receber um exemplar com dedicatória. Então, nesse caso, é só entrar em contato comigo pelo e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br

E para finalizar, indico hoje o blog da minha amiga Sagitário, que tem um excelente conteúdo".

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mulher e Deusa.


Linda, deveria ser
Teu primeiro nome.
E beleza
Deveria ser o segundo.

Pois tu és tão bela,
Que de dia ofusca o sol,
E a noite ofusca a lua,
E faz com que esses
Invejem-lhe
E ao mesmo tempo
Paguem-lhe tributos.

Não sei se tu és
Mulher ou Deusa,
Mas poço afirmar
Que tu és um ser
Que deve ser adorado
Por tua tamanha beleza.

E se fores mulher,
Com certeza
És a mais bela de todas,
E a tua beleza
Faz com que todas as mulheres
Invejem-lhe
E com que todos os homens,
Se apaixonem por ti.

E se fores Deusa,
Com certeza
Tu és a Deusa da beleza.
E a tua beleza
Faz com que todas
As Deusas lhe invejem
E com que todos os Deuses
Se apaixonem por ti.

Mulher ou Deusa
Eu não posso afirmar.
Mas com certeza
Tu és a mais bela
De todas as raças.
E disso ninguém
Pode duvidar.

Assim, eu creio
Que tu és
Ao mesmo tempo,
Mulher e Deusa.
A mais bela mulher
E a Deusa da beleza.


Átila Siqueira.

"Aproveito essa postagem para informar a todos os meus amigos blogueiros e visitantes de meu blog, que meu livro, Vale dos Elfos 1, está sendo disponibilizado agora na livraria cultura, no shopping Market Place, em São Paulo, e também no site da livraria cultura.

Além disso, quem desejar adiquirir um exemplar com dedicatória, pode entrar em contato comigo pelo e-mail: atilasiqueira1@yahoo.com.br. Faço um bom desconto.

Aproveito também a oportunidade, para indicar uma boa leitura na internet. Indico hoje o blog de poesias da minha querida amiga Renata Maria Parreira Cordeiro, chamado Poemas da Renata".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Minha Eterna Rainha.


Hipnotiza-me
Com teu olhar.
Enlouquece-me
Com teu corpo.
Embriaga-me
Com teu cheiro.
Leva-me
Ao sublime prazer.
Leva-me
Ao mais intenso gozo.

Toma conta
De minha vida.
Apoderas-te
De minha existência.
Faz-me teu escravo.
Faz-me teu servo.
E deixa-me louco.

Tu és minha musa
Eterna e amada.
Tu és,
E sempre serás
Minha dona.
E eu sempre serei
Teu eterno escravo.

Faz da minha alma
Tua marionete,
E do meu coração
Teu brinquedo.
Usa-me como quiser
Sem nenhum receio.

Seja minha Eterna Rainha,
E eu serei
Para sempre seu,
Mesmo no céu,
Ou no inferno,
Pois esse é
O meu maior desejo.

Átila Siqueira.

"Aproveito a oportunidade para indicar o blog da minha querida amiga Mai, que se chama Inspirar-Poesia, e que é um espaço excelente, que recomendo a todos".

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Carta de Nobre Intenção.



Querida,
Essa é uma carta
Que lhe escrevo com amor.
Como uma prova
De profunda afeição.
Para mostrar-lhe
Como é grande o meu amor,
E para contar-lhe
Que tu és á dona
Do meu coração.

E por isso essa carta
Eu lhe dedico,
Com o mais
Profundo amor do coração.
Para tentar redimir-me
De meus erros,
E tentar reconquistar
Teu coração.

Pois tu és a minha amada
Por natureza,
E eu não tenho nem palavras
Para medir tua beleza.
E hoje sem ti,
Vivo em profunda melancolia.
Vivo em profunda tristeza.

Eu lhe amo
E por ti vivo em guerra.
Eu lhe amo
E por ti perdi a paz.
E mesmo assim
Quero que saibas
Que lhe amo
E que lhe quero
Cada dia mais e mais.

E por ti eu fui
O homem mais feliz
Que na terra um dia pisou.
E agora por ter lhe perdido
Nem um pouco feliz eu sou.

Não sei nem mais o que dizer,
Pois não á palavras
Para expressar o meu coração.
E essa carta
Eu lhe dedico com amor,
Como a prova
De minha nobre intenção.

Com uma flor
Eu lhe peço em namoro,
E com mais doze
Eu lhe peço para noivar.
E com um anel
Eu lhe peço em casamento.
E com uma flor diária
Eu lhe peço
Para o resto da vida
Comigo ficar.

Então eu peço
Que fiques comigo,
Minha amada,
De olhos lindos
Que abriu meu coração,
E que me ensinou
A amar.

Átila Siqueira.

"Hoje, com essa postagem, aproveito para indicar o blog da minha amiga Mônica Montone, que é uma artista de mão cheia. O blog dela é lindo, e se chama Fina flor. Recomendo que todos visitem".

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

50 anos da Revolução Cubana.



Há cinqüenta anos atrás
Houve a mais bela
Das revoluções.

O proletariado se levantou
Contra seus opressores,
Tomou o poder,
E os bens de produção.

O grande líder, Fidel Castro
Voltou triunfante
De seu exílio no México,
Com o seu movimento revolucionário,
Que desembarcou em Cuba
Com uma grande missão.

Queria libertar o povo
Da mão do algoz Fulgêncio Batista,
Da influência dos Estados Unidos,
E fazer daquele lugar,
Que não passava de um Cassino
E deu um prostíbulo,
Uma justa e igualitária nação.

O início da luta foi difícil,
E os revolucionários
Tiveram de se refugiar
Em meio à floresta,
Onde lutaram com
Táticas de guerrilha
E assim venceram muitos pelotões.

E com o apoio do campesinato
E do proletariado
Aos poucos o movimento cresceu
E tomou uma vasta região.

Fazendas foram tomadas dos
Latifundiários e divididas entre o povo
Que viviam ali sob o julgo
Dos fazendeiros
Na mais terrível exploração.

E na Sierra Maestra
Ocorreu decisivos combates,
E o lugar foi feito de base militar,
Que sustentava os revolucionários,
Dando-lhes provisões.

Che Guevara ajudou a organizar
Essa base militar,
E deu para o movimento
Uma grande contribuição.

E, logo, quase toda a ilha estava tomada
E Havana estava cercada
Pelos revolucionários batalhões.

Fulgêncio Batista e sua corja
De sangue-sugas
Já haviam fugido de antemão.

E para completar a vitória
Do grande líder Fidel,
Seus guerrilheiros tomaram
Uma locomotiva dos capitalistas,
Carregada de armas e munição.

E não tardou para que Fidel
E seus companheiros
Adentrassem Havana
Em meio a aplausos do povo
Que os recebeu com lágrimas nos olhos,
E com esperança no coração.

E digam o que quiserem de Cuba
E da revolução cubana,
Mas o que eu sei é que naquele país
Há igualdade, saúde e educação.

E eu preferia viver em um país
Onde todos são pobres,
A viver em um país onde eu sou pobre,
Enquanto meia dúzia explora
O trabalho alheio e passeiam
De carro importado do ano,
E vão para a Disney,
Passar as férias de verão.


Átila Siqueira.


"Fiz esse poema na ocasião dos 50 anos da revolução Cubana, e só tive a oportunidade de postá-lo agora. Eu espero que gostem. Aproveito a oportunidade para divulgar dois blogs: Nas asas da Fênix, que pertence a uma amiga muito querida para mim; e Fanbooks, do meu amigo Yuriking, que comenta sobre livros".


"Outra notícia: o meu livro, Vale dos Elfos, se encontra de promoção no site de minha editora, pelo preço de 29,51. Quem desejar adquiri-lo, pode entrar no site: http://www.biblioteca24x7.com.br/, na sub-área Fantasia".

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Selo: Amigos Vale dos Elfos.

Hoje eu venho dar um presente aos meus amigos, que julgo muito especial. A idéia desse presente é prestigiar todos os amigos que apóiam o meu trabalho literário. Assim, ofereço a todos os acompanhantes do meu blog, e a todos os meus amigos e visitantes, esse simples e singelo selo, que foi feito com muito carinho, como forma de agradecimento a todo o apoio que venho recebendo nos últimos tempos:


Com esse selo eu também faço um pedido aos meus amigos. Peço a todos que puderem, que façam em seus blogs, uma propaganda do meu livro, pois eu sei que não há forma melhor de divulgação do que a feita através da solidariedade e da indicação de pessoas de confiança. A aqueles que puderem fazer essa gentileza para mim, eu peço que façam a propaganda na parte fixa do blog, nas laterais, e que se possível, coloquem a imagem da capa, que por ser muito chamativa, ajuda muito.

(Quero salientar que a propaganda é apenas um pedido, que só deve ser feita se não for incomodar).

Além desse selo, eu deixou outros dois para os meus amigos, ambos dados a mim pelo blog: Pelos Caminhos da Vida:

Selo: Sobrevivente ao Romantismo.



Selo: Valor, Coragem e Talento.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Alma Negra.


Minha alma é má,
É negra, é triste,
Sente dor.
Sente falta
Do teu amor.

Minha alma é negra
Como uma triste flor,
Que resiste ao inverno,
Seca, murcha, triste,
Solitária, melancólica,
E vivendo
Uma grande dor.

Minha alma
Tornou-se má,
Tão quanto frio
Tornou-se
Meu coração.
Quando tentava
Provar-te meu amor.
Quando tentava
Provar-te
Minha devoção.

Minha alma
É um poço escuro.
Uma caverna
De solidão.
Um abismo frio
E sem vida.
Um lugar remoto
De dor e desilusão.

Assim é minha alma,
Envolta em neblina densa.
Envolta na neblina da paixão.
Cega por um grande amor.
Mergulhada em uma
Grande escuridão.

Essa é minha alma negra,
Que um dia foi branca,
Como as nuvens
De um dia de verão.
E que escureceu
Por perder as esperanças.
Escureceu por viver na solidão.
Escureceu pela vida sem amor.
Escureceu pela falta de emoção.

Essa é minha alma negra,
Mais negra
Que a própria escuridão.

Átila Siqueira.

"Coloquei hoje esse poema no blog, devido ao comentário de meu amigo Cristiano, poeta mineiro, residente aqui na cidade de Belo Horizonte. Ele leu esse antigo poema, de meu primeiro livro de poesias, e gostou muito. Assim, decidi postar o poema, e aproveito para indicar o blog dele: Tecnolite".

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Prêmio Dardos.


Recebi esse prêmio da minha amiga Francy.

Passo ele a frente com as palvras da própria pessoa que me deu, pelo fato de eu não possuir melhor descrição para esse prêmio:

O PRÊMIO DARDOS, que vem reconhecer o desempenho de blogueiros, no campo cultural, criativo e ético, tem também como objetivo estreitar laços, diminuindo assim, ainda mais as barreiras à comunicação e à amizade. Assim conforme o regulamento do prêmio e julgando méritos e realizações, indico abaixo mais 15 blogs merecedores de tal distinção como difusores e incentivadores culturais e meus queridos amigos:

Jaya: Blog Líricas.

Glau Ribeiro, Blog: Cotidiano nosso.

Carol Lira, Blog: Letra Vermelha.


Luciana: Blog: My Space.

Mônica Montone: Blog: Fina Flor.

Patty: Blog: Palavras By Patty.


Fran, o Samurai, Blog: Lado Pensante.

Lizzie Pohlmann: Blog: Doces Deletérios.



Késia Maximiano: Blog: Japonês em Braile.

Carla Silva e Cunha: Blog: Arte e Ponto.

Cris Pena Forte: Blog: Fragmentos de Mim.

Com o PRÊMIO DARDOS se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.O Premiado deve, por favor, seguir essas instruções:

1) Deve exibir a imagem do selo em seu blog;


2) deve linkar o blog pelo qual você recebeu a indicação;


3) escolher outros 15 blogs a quem entregar o PRÊMIO DARDOS;


4) avisar os escolhidos.


Um grande abraço,
Átila Siquira.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ao meu amigo Leonardo.

"Hoje faço uma postagem muito triste, pois um de meus melhores amigos infelizmente morreu, vítima de uma enchente em Belo Horizonte. Ele e seu carro foram arrastados no último dia do ano. Fiz um poema em sua homenagem, e o compartilho agora com os meus amigos blogueiros".

(in Memoriam).

Para mim
Não há explicação.

Como pode
Ir embora
Um amigo
Assim tão bom?

Eu conheci
Poucas pessoas
Com tão
Bondoso coração.

Foi, sem sombra
De dúvidas
Um de meus
Melhores amigos.
Para mim
Sempre foi
Como um irmão.

E eu nem consigo dizer
Como eu estou
Arrasado e chocado
Nessa triste ocasião.

Sei que todos
Sentirão saudades
Desse bom amigo,
Que se foi
Tão repentinamente,
E que nos deixa
Em desolação.

Mas infelizmente
Os bons morrem jovem,
Cedo demais,
Como já disse o grande poeta
Em sua célebre canção.

Assim aconteceu
Com esse meu
Grande amigo, Leonardo,
E pouco tempo atrás
Ocorreu com o seu
Amigo de infância,
Que também
Nos deixou assim,
Sem saber o que fazer,
Sem qualquer ação.

Muitos sonhos
Ficaram para trás,
E o que eu agora
Posso fazer
São esses versos
Em homenagem
A esse amigo do coração.

Terei saudades
De nossas conversas,
Das risadas,
Das músicas
Que ouvíamos,
Dos solos de bateria,
E das coisas engraçadas.

E saibam que enquanto
Esse amigo viver
Em nossas memórias,
Sua vida não se acaba.

“Deixo esse poema, feito as pressas, em versos simples, aos familiares do meu amigo Leonardo de Souza”.

Minhas condolências,
Átila Siqueira.