Conheçam a Saga Vale dos Elfos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Canção de Algoz Domínio.


Minha terra tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá.
Hoje tem
Coca-Cola e Mc Donalds
Que exploram nossos recursos
E que ao nosso povo
Não se cansam de roubar.

Minha terra era rica,
Mais rica
Que qualquer outro lugar.
Hoje o meu povo
Foi tão roubado e explorado
Que já não tem
Nem aonde morar.

O sabiá já não mais canta,
Pois a floresta onde ele morava,
Vieram os ianques e os militares
Com a trans-amazônica,
E não hesitaram em a derrubar.

Agora o pobre pássaro
Tornou-se proletário,
E ao invés de cantar
Sob a folha da palmeira,
Agora na cidade,
Como um escravo,
Tem que trabalhar.

Pobre povo brasileiro.
Pobre sabiá.
Explorados até a morte
Pelo mal estrangeiro
Que chegou do além mar.

Se Gonçalves Dias visse isso,
Com toda certeza
Não iria gostar.

Não iria gostar
Do que fizeram
Com as palmeiras,
Com o povo brasileiro,
E nem com o sabiá.


Átila Siqueira.

"Esse é o poema que vai sair na Câmara Brasileira de Jovens Escritores, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 49º volume. Ela estará também disponível online no site:
http://www.camarabrasileira.com/, em breve. Como podem perceber, essa é uma adaptação do poema de Gonçalves Dias, chamado Canção do Exílio.
Tentei fazer uma versão do século XXI da tão famosa poesia, mostrando a perspectiva de vida que temos hoje, em detrimento daquela do século XIX, em pleno romantismo. Espero que os visitantes desse blog apreciem.
E só um detalhe, a foto foi tirada na frente da minha casa, por mim mesmo, e é de um dos pássaros que eu alimento aqui".

domingo, 14 de setembro de 2008

Aqueu.


"Coloco hoje esse poema e o apresento a todos com muito prazer, pois ele faz parte de meu livro Vale dos Elfos, e fala de um de seus personagens principais, sendo esse uma canção popular dentro da trama. O gênero, como podem perceber, é literatura fantástica.

O livro Vale dos Elfos será lançado em breve, até outubro no máximo, e acredito que esse poema possa mostrar um pouco do que a história trata. Embora o 1°volume que será lançado ainda não possui esses versos, que pertencem ao 3° livro".


Vencendo as labaredas
Da boca flamejante
De um imenso dragão,
Que já fez a terra arder,
Como se banhada
Pela fúria ardente,
Do líquido
De rocha quente,
Derramado pela boca
Do mais cruel
Dos vulcões.

Aqueu venceu a esse,
Já derrotara
Trolls e dragões.

Ainda criança derrotara
Um rinoceronte branco,
A qual se tornou
Seu símbolo,
E para tal feito,
Usaste somente suas mãos.

Aqueu liderou e unificou
O que veio a ser seu reino,
E salvou todo o seu povo
Da destruição.

Instaurou entre o seu povo,
A igualdade,
E puniu aqueles
Que exploravam os mais fracos,
Proibindo em seu reino,
A prática da servidão.

Aqueu
É um grande rei,
Aqueu
É um guerreiro honrado.

És filho do próprio
Deus Odin,
Do qual herdou
Toda a sua força,
E foi presenteado
Por esse,
Com suas poderosas armas,
E com Dracon,
O seu leal cavalo.

Perante a Aqueu
Poucos inimigos
Podem se manter,
Pois a fúria e a destreza
De seus ataques
Impõe a todos sua vitória,
E assim,
Todos a ele passam a temer.

Aqueu,
Com suas vestes negras,
Cavalga sobre o seu
Imponente e veloz cavalo.

Aqueu,
Com sua incrível força
Porta sua lança,
Enfrenta a espada inimiga,
Parte seus escudos
E não teme as setas
Que provém de seus arcos.

Com sua lança ele transpassa
A espessa escama de pedra
Dos trolls,
Como se de um ovo
Ele quebrasse
Sua frágil casca.

Aqueu,
Semi-Deus,
Filho de Odin.
Herói de nobre estirpe,
E de coragem rara.
Não teme
A nenhum inimigo,
Seja esse vampiro, harpia,
Ou qualquer outro,
O qual ele caça.

E assim,
Todas as criaturas das trevas
O temem,
Por onde ele passa.


Átila Siqueira.

sábado, 6 de setembro de 2008

A árvore do amor.


O amor
É uma planta bela
Que quando em vida
E esplendor,
Dá de seus ramos
As mais lindas, saborosas,
E cheirosas frutas,
E em seu topo,
A mais deslumbrante
E majestosa flor.

Mas o amor,
Ao mesmo tempo
É planta forte,
Resistente e indomável
Como o cacto,
E frágil e passível a morte
Como as orquídeas
E as outras plantas
Que não resistem
Ao excesso de umidade
Ou de calor
E pode
Se tornar ressaibo.

Assim,
O amor é uma planta
Que tem de ser
A todo instante cuidada.

Deve receber atenção
E ter terra
Sempre em bom estado,
E ao mesmo tempo
Deve ser
Com água cristalina
Sempre regada.

E se tais cuidados
Não forem tomados,
Logo os frutos caem podres
E a flor que era a mais bela
Em esplendor,
Cai no chão ressecada.

E seus galhos,
Que antes eram fortes,
Verdes, altivos, garbosos,
Com ar nobre e fidalgo,
Ficam totalmente
Feios e sem vida
E totalmente murchos.
Totalmente estiolados.

E da planta não brota
E não nasce mais beleza,
Mas sim,
Só agrura e aspereza.
E tudo que era bom
Enquanto era bem tratado,
Ao se deixar largado
Torna-se a mais louca
E dolorosa
Amargura e frieza,
Devido à falta de cuidados.

Assim,
A árvore do amor
Deve ser sempre tratada,
Caso contrário,
Ela se torna murcha, seca,
E morre de fraqueza.

E aqueles que outrora
A cuidavam
E que eram agraciados
Com a felicidade e a beleza,
Perdem a dádiva que tinham
E caem na escuridão,
Cada qual separados,
E na solidão,

Que é a mais vil das tristezas.


Átila Siqueira.