Conheçam a Saga Vale dos Elfos.

domingo, 27 de junho de 2010

Em memória de Michael Jackson.




Um homem louco,
Mas de uma loucura
Extremamente brilhante.

Revolucionava
Tudo a sua volta,
E buscava sempre
Criar coisas novas
A todo instante.

E não importa o quanto
Se era possível criticá-lo
Por seu jeito extravagante.

Ele foi aquele
Que mudou de cor,
Que levou os negros
Para a tv,
E depois acabou
Ficando branco.

Ele foi aquele acusado
De abusar de crianças,
E foi também aquele
Que balançou
O próprio filho
Na varanda de um prédio
Gerando críticas
Por essas extravagâncias.

E tudo o que ele fazia
Era motivo de polêmica,
Mas a verdade
É que ele sempre foi
Um grande artista
Desde sua infância.

E assim era Michael,
O garoto prodígio
Que encantou todo o mundo
Com a sua voz
E a sua dança.

Michael era o homem
Que era capaz de perder
Sua fortuna,
Sem perder a esperança.

De nos marcar profundamente,
De marcar uma época,
Uma geração,
Várias gerações,
E de ir embora
Nos deixando querendo mais
Em meio a boas lembranças.

Um dos maiores
Artistas do século XX
Que o mundo agora
Terá de aprender
A sem ele ficar.

E sua genialidade
É digna de aplausos,
De reverências,
E talvez sejam essas
As melhores formas
De o reverenciar.

Tantos anos
Dedicados à arte,
E tantas músicas lindas
Que não nos cansa
De emocionar.

E o mais impressionante
É que pouco antes
De sua morte,
Uma hora antes,
Eu o estava a escutar.

Escutava uma das músicas
De sua infância
“Music and me”
A qual sempre escuto
E fico a apreciar.

Todos sentirão saudades
Das loucuras,
De seu talento,
De suas excentricidades,
Tão típicas dos grandes artistas
Que parecem vir ao mundo
Para nos impressionar.

E eu queria saber
Escrever melhores versos,
Para um astro como ele,
De quem há muito sou fã
Poder me despedir
E poder homenagear.


Átila Siqueira.


"Deixo aqui esse poema que fiz a um ano atrás, na ocasião da morte de Michael Jackson".

sábado, 5 de junho de 2010

Paz, noite, chuva fresca, silêncio e orquestra.



A chuva cai e Beethoven toca,
E é noite e o vento passa por mim
Em uma brisa que minha alma se solta.

É uma noite de chuva
Extremamente gostosa.

E como eu amo a chuva e o vento frio,
O relâmpago ao longe,
E não entendo quem não gosta.

E eu tenho a convicta certeza
De que se todos os dias fossem assim
Minha vida seria
Mais agradável e prazerosa.

E eu agora estou aqui extasiado
Ouvindo a chuva caindo no telhado,
Enquanto um violino magnífico e belo
Elegantemente toca.

E esse silêncio quebrado pela chuva,
E pela orquestra que interpreta Beethoven,
Me faz sentir bem, em paz,
Como se eu interagisse
Com algo grande e celeste,
Junto com esse frescor que me afoga.

E o cheiro da terra lavada pela chuva
Toma todo o ar,
O relâmpago distante me faz pensar,
E eu desejo que o tempo pare,
E que essa paz de Shangri-lá
Nunca vá embora.

E o solista continua forte
Com o seu violino,
E o céu nublado e elegante
Para mim se mostra.

E é um espetáculo
Tão belo e divino
Que sinto-me como se eu flutuasse,
Desejando que a chuva não pare
E continue vigorosa,
Adocicada e mimosa.

E Beethoven continua a tocar,
A chuva continua a cair,
E eu continuo a sonhar,
E o relâmpago no céu continua a bradar.

E peço aos Deuses
Para esse espetáculo e essa paz
Nunca mais acabar.

E o vento entra tão agradável
Pela porta à dentro,
E me faz ficar aqui deitado, escrevendo,
Nesse momento feliz em que a orquestra
E os violinos tocam com força e sem parar.

E eu sei que eu escreveria
Mil poesias se os dias fossem assim,
Todos eles, dias de chuva
Sem o sol para me atrapalhar.

Eu gostaria que não houvesse mais dia,
Mas somente noite, e chuva fresca,
Vento agradável, poesia adorável,
E Beethoven e Chopin,
Dentre outros, para me encantar.

Átila Siqueira.

"Aproveito a oportunidade para divulgar a revista digital de literatura fantástica criada por diversos amigos escritores, em um belo trabalho em conjunto: Revista digital Fantástica."