Conheçam a Saga Vale dos Elfos.

domingo, 16 de maio de 2010

Poema que me tornou escritor.


Um poema sem data
Me fez escritor.

Naquele dia em que eu fiz
Os meus primeiros versos
De lobo solitário,
Nem sei bem porque,
Mas em meu peito
Brotava solidão e dor.

Queria que minha vida
Fosse diferente do que era,
E que ela tivesse algum sentido,
E não fosse só mais
Um conjunto de dias sem sabor.

Queria que tudo se tornasse verso,
Se tornasse arte, fosse pura intensidade,
E se tornasse algo maior do que eu,
Mas sem perder
A essência de meus sentimentos
E a humildade de um puro amor.

Naquele dia em que eu me tornei
Um escritor,
Creio que minha alma
Cresceu, se expandiu
E desabrochou como uma flor.

E daquele dia em diante
Não pude mais parar de escrever
E nem deixar de ser aquilo que sou.

Eu sou um artista das letras,
E vivo imerso no mundo das artes,
Que muito cedo me conquistou.

Talvez escrever tenha
Se tornado um vício,
E do ócio construtivo de Aristóteles,
Tenha se tornado puro labor.

Mas procuro pensar que não,
Que ainda sou
Um entusiasta das letras,
E a bem verdade, creio que ainda sou.

Amo sentar para escrever,
Me empolgo com cada idéia
Que eu tenho,
E escrevo até mesmo sem perceber,
E quando vejo um caderno que estava vazio,
Olho de novo e eu
Já o enchi, e ele já se acabou.

E continuo a ser o mesmo lobo solitário
Dos primeiros versos que rabisquei,
Embora com o gosto bem mais refinado,
E com uma tendência mais niilista
E existencialista,
Que com o tempo me conquistou.

Hoje vivo em meio às letras,
Em meio a cadernos
Totalmente preenchidos,
E em meio a uma infinidade de livros.

Mas jamais me esqueço
De meus primeiros versos,
Enquanto eu matava aula
Nas escadas de minha escola,
Fugindo da aula de matemática,
Pois nele está a essência de tudo o que sinto.


Átila Siqueira.

"Quero aproveitar essa postagem para divulgar o blog de minha amiga Elenir Alves. Lá ela divulga diversos trabalhos culturais. O blog é muito bonito e bem feito, e vale a pena conferir: http://www.caricaturadoautor.blogspot.com/.


Em breve também, informações sobre o meu novo livro, Vale dos Elfos 2, que em breve será lançado".

8 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Por que sempre repetes o mesmo poema? Sim, compreendo! Para quem fez/faz um poema deste, em que a sua essência fervilha, nada de ti será esquecido. Podes variar. Beijos, querido!

*Minha Eterna Rainha

Hipnotiza-me

Com teu olhar.

Enlouquece-me

Com teu corpo.

Embriaga-me

Com teu cheiro.

Leva-me

Ao sublime prazer.

Leva-me

Ao mais intenso gozo.

Toma conta

De minha vida.

Apoderas-te

De minha existência.

Faz-me teu escravo.

Faz-me teu servo.

E deixa-me louco.

Tu és minha musa

Eterna e amada.

Tu és,

E sempre serás

Minha dona.

E eu sempre serei

Teu eterno escravo.

Faz da minha alma

Tua marionete,

E do meu coração

Teu brinquedo.

Usa-me como quiser

Sem nenhum receio.

Seja minha Eterna Rainha,

E eu serei

Para sempre seu,

Mesmo no céu,

Ou no inferno,

Pois esse é

O meu maior desejo*
Por Átila Siqueira

Felicidades!!
Renata

Anônimo disse...

Parabéns pela bela potagem, um poema diverso e sensibilizante. Sua arte é grande pelo dom e atitudes fomentadoras.

Karina dos Anjos disse...

Lindo esse poema.Achei bastante sincero o sentimento de amor pela escrita que você colocou nele.

Depois visito o blog da sua amiga.

Laura Elias disse...

Oi, Átila, vim conhecer seu espaço, retribuindo sua visita.
Lindo poema, linda imagem do cavalo negro.
Parabéns!

abraços!

Lucas Lopes Valadares disse...

Ola Átila,
ótimo poema parabéns!!!

Marcello Lopes disse...

Atila.
òtimo poema e em breve estarei aderindo a campanha.
abraços

Rodrigo disse...

Cara, achei seu blog por ai, fiquei impressionado como os versos de seus poemas surgem tão naturalmente, belo dom você tem, sorte sua meu amigo, aproveite ^^ um grande abraço.

Rodrigo Pissolato.

Rebis disse...

Graças a Deus que existem essas coisas que salvam a nossa existencia de um tedio total, não?

Não faço poesia, está ale´m da minha capacidade, mas as suas palavras ali, senti como se fossem minhas tbm. Com a minha incapacidade de me conformar com a vidinha mediocre, eu já teria me matado se não fossem as Letras!