A chuva cai e Beethoven toca,
E é noite e o vento passa por mim
Em uma brisa que minha alma se solta.
É uma noite de chuva
Extremamente gostosa.
E como eu amo a chuva e o vento frio,
O relâmpago ao longe,
E não entendo quem não gosta.
E eu tenho a convicta certeza
De que se todos os dias fossem assim
Minha vida seria
Mais agradável e prazerosa.
E eu agora estou aqui extasiado
Ouvindo a chuva caindo no telhado,
Enquanto um violino magnífico e belo
Elegantemente toca.
E esse silêncio quebrado pela chuva,
E pela orquestra que interpreta Beethoven,
Me faz sentir bem, em paz,
Como se eu interagisse
Com algo grande e celeste,
Junto com esse frescor que me afoga.
E o cheiro da terra lavada pela chuva
Toma todo o ar,
O relâmpago distante me faz pensar,
E eu desejo que o tempo pare,
E que essa paz de Shangri-lá
Nunca vá embora.
E o solista continua forte
Com o seu violino,
E o céu nublado e elegante
Para mim se mostra.
E é um espetáculo
Tão belo e divino
Que sinto-me como se eu flutuasse,
Desejando que a chuva não pare
E continue vigorosa,
Adocicada e mimosa.
E Beethoven continua a tocar,
A chuva continua a cair,
E eu continuo a sonhar,
E o relâmpago no céu continua a bradar.
E peço aos Deuses
Para esse espetáculo e essa paz
Nunca mais acabar.
E o vento entra tão agradável
Pela porta à dentro,
E me faz ficar aqui deitado, escrevendo,
Nesse momento feliz em que a orquestra
E os violinos tocam com força e sem parar.
E eu sei que eu escreveria
Mil poesias se os dias fossem assim,
Todos eles, dias de chuva
Sem o sol para me atrapalhar.
Eu gostaria que não houvesse mais dia,
Mas somente noite, e chuva fresca,
Vento agradável, poesia adorável,
E Beethoven e Chopin,
Dentre outros, para me encantar.
Átila Siqueira.
"Aproveito a oportunidade para divulgar a revista digital de literatura fantástica criada por diversos amigos escritores, em um belo trabalho em conjunto: Revista digital Fantástica."
Revolta
Há 7 horas
10 comentários:
Consegui me colocar nesse cenário que você descreveu, penso eu, no momento em que estava a compor essas belíssimas palavras, e gostei muito, uma calmaria total, belo texto novamente meu caro, um grande abraço, ate breve.
Átila.
Muito legal esse poema, e quem não gosta de chuva boa pessoa não é...rs
Para mim será um prazer participar do projeto, espero ajudar bastante.
abração.
Tome um banho de Beethoven Chuva e de Chopin, e escreverás, como sempre* Linda poesia. Parabéns*
Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...
Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.
Cecília Meireles
Beijos, amigo querido!
Até já*
Renata
Oi Atila
Qtom tempo espero que esteja tudo bem contigo.
Bjs e bom findi
Obrigado pelo apoio, Àtila, sucesso e veja o seu email...aguardo a sua resposta...
Luiz Ehlers
Gostei bastante do peoma deu até para sentir o clima da chuva aqui.E obrigada pelo elogio no meu texto.
Já comenteo aqui! hahaha, então, adorável o poema, mas passei aqui também por outra razão, linkei seu blog no meu blog ok? pra ajudar a divulgar, valeu! passa la e da uma olhadinha falou! te +
Ótimo poema,
a chuva também me desperta sensações de silêncio e inquietude.
Parabéns pelo poema Átila, é bem profundo e poetico.
Abraços.
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fala Átila
como estão as coisas meu caro?
belas palavras...
sou fã incondicional de inverno e chuva.
logo já gostei de cara do poema.
lendo os encaixes das palavras então...
simplesmente me coloquei no cenário das frases descritas..
um grande abraço e um vinho para acompanhar esse poema...!!
Faltou ficar enrolado num cobertor bem fofinho, rs.
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