Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar.
"Bom, como eu não queria colocar outro poema triste, decidi colocar esse do Ferreira Gullar, autor que gosto muito, e que nesses versos fala da inconsistência de nossas vidas, das diversas maneiras como somos, da mutabilidade e da diversidade de identidade que podemos ter, sendo ao mesmo tempo uma coisa e seu oposto."
Átila Siqueira.
5 comentários:
poema mto lindo
ainda bem q vc resolveu sair da tristeza
ahauhauhauahuah
eh bom se libertar d vez em qdo
Bjs
oi Atila...td bem??????
obrigada por comenta nu meu blog...bom,por enquanto naum vou poder postar...estou sem net...mais logo logo volto a ativa...
;)
besos
Olha eu passando aqui para prestigiar seu trabalho. Boa noite.
conscienciaacademica.blogspot.com.
gosto muito do Ferreira Gullar. Essa letra é linda, simplesmente.
obrigada pela visita.
será muito bem vindo a um retorno.
nana
Atila,
Deixo aqui registrada a minha passagem pelo seu blog. trilhar o caminho da poesia é árduo... Gullar eh um grande referencia... Aproveite bastante... Caso queira trocar ideias...mantenha contanto...
forte abraco...
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